História

No início da década de 1960, enquanto o Acampamento Palavra da Vida crescia rapidamente e o ministério com famílias na Estância estava em formação, um problema surgiu. Os jovens que estavam sendo alcançados e tinham dedicado sua vida para a causa de missões, precisavam ser encaminhados para uma escola onde pudessem receber o treinamento necessário para o ministério.

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anos de história do nosso Seminário

 

Os seminários evangélicos, na época, tinham seu foco voltado prioritariamente para o preparo de pastores para a igreja brasileira, que estava em fase de grande crescimento. Com certeza, era uma necessidade urgente da época, mas a visão missionária muitas vezes ficava para trás. Ary Bollback e Haroldo Reimer, pioneiros no ministério no Brasil, perceberam que a única solução seria começar uma escola que enfatizaria missões.

 

Quando chegou o momento de procurar um possível local para a nova escola, pensaram que o melhor seria estabelecê-la na cidade de São Paulo, a maior cidade do país, onde a Palavra da Vida já tinha o seu escritório central. A procura, porém, não deu resultados. Não encontraram nenhum lugar que fosse adequado e estivesse disponível.

 

Foi assim que Jack Wyrtzen, então fundador e diretor da Word of Life, sugeriu que a escola fosse construída ao lado da Estância, em Atibaia. Havia ali muito terreno, um bom clima, e uma localização relativamente perto da cidade de São Paulo. Já existiam alguns prédios na propriedade, que poderiam ser adaptados para as atividades da escola enquanto aguardavam a construção de prédios permanentes. Com certeza, havia dificuldades também. Não havia um telefone e a rede elétrica era precária. O acesso à propriedade dava-se por estradas de terra, não havia alojamentos para a equipe, e estavam virtualmente isolados do resto do mundo.

 

Apesar das condições do local, David e Mary-Ann Cox – que haviam sido enviados para o Brasil para estar à frente desse projeto – abriram as portas do então Instituto Bíblico Palavra da Vida para 11 alunos. Era o ano de 1965 e, ao lado do casal Cox, havia uma pequena equipe composta inicialmente por Bob e Dóris Parker, Álvaro e Maria Fraga, Mário Alvarenga, e Haroldo e Débora Reimer. Foi o começo do que hoje se tornaria um dos melhores seminários no Brasil.

 

Deus tinha fechado as portas em São Paulo porque Ele sabia, muito melhor do que qualquer membro da equipe Palavra da Vida, que a cidade não seria o lugar adequado para preparar futuros missionários. O ambiente tranquilo e retirado de Atibaia, longe da correria frenética e do barulho da cidade, permitiria que os alunos se concentrassem no estudo da Palavra de Deus e se tornassem homens e mulheres realmente preparados para compartilhar as boas novas da salvação pela fé em Cristo Jesus.

 

A Escola não teve uma aceitação imediata por parte das igrejas evangélicas e os formandos tinham dificuldade no encontrar oportunidades para ministrar nas igrejas. No meio tempo, porém, Deus trouxe à escola homens e mulheres de fé que impactaram a vida dos alunos com uma visão missionária. Bob e Marilyn Hernandez desafiaram todos a serem zelosos em levar o evangelho à comunidade judaica, enquanto Neal e Mary Hawkins foram usados para apresentar as necessidades dos índios em Roraima. Como resultado, muitos dos formandos se voluntariaram para gastar sua vida ministrando aos nativos na imensa Amazônia. Oliver e Dorothy Thomson impressionaram os alunos com a necessidade de dedicação e fidelidade no trabalho, levando muito a sério o seu compromisso com Deus e Sua Palavra.

 

Provações também vieram: 1971 foi o chamado “ano da batata”. Com um pequeno grupo de alunos vivendo no campus, os custos operacionais estavam lentamente excedendo a entrada de fundos. A liderança decidiu não comprar usando crédito, confiante de que Deus supriria o que fosse necessário para manter a escola viva e crescendo. No entanto, a comida estava acabando e não havia dinheiro para comprar mais. Foi quando um fazendeiro amigo doou parte da produção de sua plantação de batatas. Durante três meses, o cardápio para alunos e equipe passou a ser batatas cozidas, batatas fritas, purê de batatas, bolinho de batatas, maionese de batatas, sopa de batatas. Todos sobreviveram e louvaram a Deus por sua provisão!

 

Para ajudar a custear a construção de prédios e outras necessidades, todos os alunos e equipe participavam, a cada dois anos, da chamada Corrida da Multiplicação. A maioria dos dormitórios foi construída com os fundos levantados por meio desse evento. Dorothy Thomson e sua amiga Elmira Pasquini reuniram e dirigiram um grupo de senhoras dispostas a ajudar no desenvolvimento da escola: as “Cooperadoras”. Este grupo foi muito bem-sucedido em providenciar louça, panelas, talheres, toalhas, roupa de cama, e outros itens necessários na Escola.

 

Alguns alunos do Le Tourneau University, uma escola técnica no estado do Texas, dedicaram suas férias de verão, durante alguns anos, para vir ao Brasil e começar a construção do prédio onde ficariam as salas de aula e os escritórios dos professores. Ofertas generosas vieram de amigos e de igrejas brasileiras e norte-americanas. Logo a escola pôde contar com salas de aula adequadas e alojamentos confortáveis para os alunos, num campus lindo na área rural de Atibaia.

 

Em 1985, o Instituto Bíblico Palavra da Vida passou a se chamar Seminário Bíblico Palavra da Vida (SBPV), com cursos residentes de licenciatura e bacharelado. A ênfase inicial no preparo de futuros missionários continuou a existir, mas a Escola passou a atender também a outros desafios ministeriais, preparando pastores e educadores prontos para servir as igrejas em uma diversidade de ministérios.

 

Com o passar dos anos, teve início o Programa de Extensão, aos sábados, voltado para líderes evangélicos leigos que queriam aprimorar o seu conhecimento da Palavra de Deus e estarem mais preparados para seu ministério na igreja, mas não podiam deixar o trabalho secular para estudar no programa residente. 

 

Mais adiante, vieram os Programas de Pós-Graduação, estruturados em módulos presenciais, focados no aprimoramento de obreiros desejosos de estudar e ensinar a Bíblia com profundidade e participar do debate bíblico-teológico, ou então aperfeiçoar suas habilidades e adquirir ferramentas estratégicas para executar com eficiência as tarefas ministeriais.

 

Para atingir obreiros cujos compromissos e a distância impedem de vir ao campus, tiveram início, mais recentemente, alguns cursos à distância nos programas tanto de Extensão quanto de Pós-Graduação.

 

Os resultados dos esforços de David Cox e daqueles que se juntaram a ele e investiram na vida dos alunos têm sido visíveis com obreiros dedicados ao ministério ao redor do mundo. Ao longo dos anos, o Seminário Bíblico Palavra da Vida tem prosseguido em sua missão educacional, fundamentada no exemplo de Esdras de “buscar a lei do Senhor, para a cumprir e para ensinar…” Esdras 7.10

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